terça-feira, 8 de maio de 2018

Aristóteles vs. Spinoza, Hobbes, Hegel e Marx


   O enfrentamento desses sujeitos do título da postagem é "briga de cachorro grande". Quem o propõe é o especialista no Estagirita, o professor Enrico Berti, no livro Perfil de Aristóteles. 
   Quando trata do conceito de razão prática, em Aristóteles, Berti explica: "[...] o seu [da razão prático-poiética] é tudo aquilo que depende do homem, da sua proposição [proaíresis] ou de algum modo da sua intervenção, ou seja, as ações e as produções humanas, a 'história' [...]. A característica de tal objeto é ser constituído pelas coisas que podem estar diferentemente de como são [ou seja, dos contingentes] [...]. Portanto, ele resulta ser [...] aquilo que poderíamos chamar o reino da liberdade. Dada a margem de indeterminação que contém, essa liberdade não permite conhecimento propriamente científico, isto é, demonstrativo, dos objetos por ela caracterizados. Isso significa que, para Aristóteles, não há conhecimento científico das ações e das produções humanas ou da 'história': em síntese, não há ética ou política dotada da mesma necessidade própria das ciências matemáticas ou físicas, como pretenderão filósofos como Spinoza e Hobbes, nem história cientificamente determinável, como pretenderão os filósofos dialéticos modernos (Hegel e Marx) ou os positivistas".

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