terça-feira, 15 de agosto de 2017

Quotas


   Passei na banca hoje e percebi a revista Veja desta semana. A matéria de capa tratava do sistema de quotas. Já na capa estava indicado que a revista tinha analisado dez pesquisas sobre o assunto.
   Sou favorável ao sistema de quotas, com algumas restrições ao modelo aplicado no Brasil. De qualquer modo, pensei ser interessante observar resultados de estudos sobre a questão.
   Escreverei depois sobre o que li, mas não queria deixar de registrar uma coisa que me deixou muito sensibilizado. Trata-se de um dos casos concretos apresentados pela revista. 
   Irapuã Santana tem trinta anos e é advogado. A matéria conta:
   "O casal José e Mirna, ele maquinista, ela dona de casa, trata o diploma do filho único como joia de família. Tem motivo para isso: Irapuã foi o primeiro do clã a pisar em uma universidade, e o fez com estilo. Em 2004, ingressou no curso de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), um dos melhores do país. Venceu o vestibular com o benefício das cotas raciais, mas a partir daí alçou voo sem ajuda. Escalou da graduação para o mestrado, do mestrado para o doutorado. Arranjou emprego de advogado, foi procurador e, atualmente, trabalha como assessor do ministro Luiz Fux no Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Irapuã é uma exceção dentro de sua família, mas também entre os amigos de infância do subúrbio carioca onde morava. 'De um grupo de quarenta garotos, só uns dez estão vivos e fora do sistema prisional', calcula. Ele não tem dúvida: 'Sem o empurrão das cotas, provavelmente não teria chegado tão longe'".
   Mas depois eu conto mais...

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