Pesquisadores como M.M.
Castro (Sujeito e estrutura no comportamento eleitoral), M. Figueiredo (A
decisão do voto: democracia e racionalidade) e Angus Campbell (The
American Voter) tentam responder à pergunta do título do post.
Num resumo, poderíamos pensar
em três tipos de escolhas de candidatos, que são explicados pelas seguintes
escolas:
1) Escola Sociológica - a
escolha se baseia na identidade cultural do votante, ou seja, no contexto
social do grupo ao que o eleitor pertence. Em alguma medida, de modo bastante
simplificado, poder-se-ia pensar na "classe social". Para este tipo
de votante, a campanha eleitoral tem pouco efeito, visto que não modificaria o
pensamento da classe como um todo.
2) Escola Psicológica -
também chamada de Escola Emocional. Apesar de não negar a contribuição do grupo
social do votante, considera-a insuficiente para explicar a motivação da
escolha. Muito mais importante, segundo esta proposta teórica, seria o processo
de socialização política do indivíduo. Este processo acaba sendo um amálgama de
vários elementos, não apenas vivenciados de forma coletiva - como no grupo
social em que se está inserido -, mas com forte viés das experiências
individuais.
3) Escola Econômica - também
chamada de Escola Racional. Segundo esta escola, os eleitores, como alguém que
procura um produto em um mercado, visam maximizar seus próprios interesses,
através do voto, sendo movidos, portanto, exclusivamente por motivações
egoístas.
Apesar de a Escola Econômica
ter ganho relevância na tentativa de explicar as motivações dos eleitores,
admite-se que esses modelos puros são limitados para uma justificativa completa
da escolha do eleitor. O melhor seria, então, definir proporções em que cada
eleitor reage diante da possibilidade de escolha. Assim, poderíamos falar de
tendências de seguir um padrão de escolha, muito mais do que a determinação de
fazê-lo.
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