quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

A atualidade de Hobbes


   Por conta do meu envolvimento com Spinoza, tenho me aproximado do pensamento de Thomas Hobbes (1588-1679). Em realidade, o filósofo inglês sempre esteve presente nos meus estudos, porém de forma pontual. Era para identificar, por exemplo, no que seu conceito de conatus diferia do de Spinoza, ou para entender as diferenças entre o "estado de natureza" dos dois filósofos. Desta vez, contudo, espero empreender um estudo, senão certamente de um especialista, pelo menos com uma amplitude e  uma profundidade maiores.
   Dito isto, gostaria de citar uma ideia do professor Fernando Magalhães (UFPE) sobre a contemporaneidade de Hobbes, registrada em seu interessante - e leve - 10 lições sobre Hobbes, da Editora Vozes. Escreve o autor, numa ideia que será mais tarde justificada em seu texto: "o Estado pós-moderno descobre o inimigo em seu interior. O terrorismo endêmico é, portanto, uma das manifestações de violência antiestatal. E esta é, sem dúvida, uma das razões principais da atualidade de Hobbes. Relevância que não é pouca diante do tempo histórico". (p. 97)
   Se Hobbes conseguiu captar esse movimento antiestatal baseado no terrorismo, realmente o filósofo seiscentista é mais que atual.

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