quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Estado Islâmico... no Brasil


   Hoje, noticiou-se que, em meio à rebelião em um presídio em Pernambuco, houve mais uma morte... por decapitação. Em nome de que causa estes assassinos degolaram um ser humano? Não parece mais bárbara esta morte do que a dos jornalistas pelo Estado Islâmico? Eu sei... ambos são seres humanos... talvez alguém até lembre que o homem morto no presídio é um bandido. Mas quando ainda existe uma justificativa que se acredita válida, mesmo que sem grande reflexão sobre seus fundamentos, a mim parece que a barbárie é menor - se é realmente possível graduar tal questão.
   Pensemos no seguinte: vamos supor que, após uma batalha entre dois povos, os guerreiros vitoriosos assassinem todos os soldados do exército derrotado. Inquiridos sobre a crueldade destas mortes, suponhamos duas hipóteses: na primeira, os matadores explicam que eliminaram os adversários sobreviventes simplesmente por que assim desejaram; na segunda, a explicação é que seus deuses acham uma afronta o fato de adoradores de outras divindades serem poupados, significando algo como um fortalecimento destas últimas diante das primeiras, visto que a devoção dos derrotados pode continuar, mesmo seus deuses tendo mostrado pouca força diante daqueles do dos vencedores.
   A mim parece que a barbárie perpetrada pelos matadores, no segundo caso, é menor, diante da ignorância dos mesmos quanto à realidade dos fatos, o que não acontece no primeiro, onde a gratuidade das mortes parece falar mais alto.
   Bem... essa é apenas uma impressão pessoal. Sob este ponto de vista, eu diria que o "Estado Islâmico" de Pernambuco fere mais a humanidade que o do Oriente Médio.

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