terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Avi Tuschman


   Na mesma revista Veja da semana passada, naquelas páginas amarelas que registram sempre uma entrevista, o antropólogo americano Avi Tuschman - E isso lá é nome de americano, gente?!?!? - afirma que "a carga genética de uma pessoa influencia suas escolhas políticas tanto quanto as informações que ela recebe ao longo da vida".
   A entrevista é bem interessante. Tuschman analisou pesquisas de áreas como a Psicologia, a neurociência e a antropologia para entender quais "fatores não racionais" motivariam escolhas políticas.
   Para quem é spinozano, não causa tanta estranheza assim a afirmação de Tuschman. Aliás, para quem é freudiano, também não. Rsss. O fato é que, mesmo sem apelar à genética, Spinoza já anteviu que existe uma diversidade de "fatores não racionais" que motivam nossas escolhas, e não só políticas, mas em todas as áreas de nossa vida. Mas esse "não racional" não implica, em Spinoza, dizer que eles são "irracionais", mas tão somente que eles não fazem parte do que o holandês indica fazer parte dos "ditames da razão". De um modo geral, esses fatores seriam os "afetos passivos", que nos submetem a algo, sem que aquilo seja realmente conforme nossa natureza - muito mais do que conforme a uma racionalidade instrumental, como pensam alguns.
   Depois, falo mais um pouco sobre as análise do antropólogo Avi Tuschman.

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