O livro Submissão, de que falei no post anterior, tem algumas passagens bem interessantes, normalmente pela sua ironia... mas também pela sua realidade. Gostaria de destacar algumas, aqui:
"... uma conversa entre homens, essa coisa curiosa que sempre parece hesitar entre a pederastia e o duelo";
"Podemos deixar as pessoas falarem bastante tempo, elas estão sempre interessadas no próprio discurso...";
"... o verdadeiro inimigo dos muçulmanos, aquele que temem e odeiam acima de tudo não é o catolicismo: é o secularismo, a laicidade, o materialismo ateu";
"A esquerda sempre tivera essa capacidade de fazer com que fossem aceitas reformas antissociais que teriam sido vigorosamente rejeitadas se viessem da direita";
"Se o islã não é político, não é nada." (Aiatolá Khomeini);
"Einstein tampouco era ateu, embora a natureza exata de sua crença seja mais difícil de definir" - é verdade que sua posição não fosse simples, mas nós sabemos que ele disse que seu Deus era o Deus de Spinoza -;
"... tantos intelectuais no século XX tinham apoiado Stalin, Mao ou Pol Pot sem que jamais tivessem sido criticados por isso; o intelectual na França não precisava ser responsável, isso não fazia parte de sua natureza"; e
"... se a espécie humana é um pouquinho apta a evoluir, é de fato à plasticidade intelectual das mulheres que o deve. O homem, de seu lado, é rigorosamente ineducável. Seja um filósofo da linguagem, um matemático ou um compositor de música serial, inexoravelmente ele sempre fará suas escolhas reprodutivas a partir de critérios puramente físicos, e de critérios imutáveis há milênios".
Agora, confessando a minha ignorância, aprendi duas coisas com o livro. A primeira, que não deveria ser novidade para mim - mas foi -, é o fato de existir uma teoria econômica chamada "distributivismo", de origem inglesa, datando do início do século XX. A tal teoria tem como pais os pensadores Gilbert Keith Chesterton e Hilaire Belloc, e se apresenta como uma "terceira via" entre o capitalismo e o comunismo. Vale a pesquisa, depois.
Além disso, tomei conhecimento da existência da profissão das "casamenteiras" no mundo islâmico. Elas são senhoras de grande experiência que têm o direito de ver as jovens moças nuas, a fim de indicá-las para seus respectivos futuros maridos. Há que lembrar que o homem não teria condições precisas de selecionar sua futura esposa pelos dotes físicos por trás daquele monte de pano.
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