O título do post é uma referência feita ao livro Submissão, de Michel Houellebecq, publicado no Brasil pela Editora Alfaguara.
Não sou leitor frequente de romances, mas, vez por outra, sou "pescado" por algum, normalmente por conta de alguma relação com a História, ou seja, romances históricos, montados sobre a vida de alguma personagem real. Neste caso, contudo, a coisa foi um pouco diferente. Estava eu para ler Herege, de Ayaan Hirsi Ali, cujo tema, já comentei em outro post, é o Islã, quando, no blog do amigo Gustavo, vi uma referência ao livro. Fiquei curioso. E como o tema era, de certa forma, também o Islã, interessei-me.
A orelha do livro conta a ideia do texto:
"François é um professor universitário que leva uma vida solitária. [...] Num futuro próximo, ele acompanha pela TV desdobramentos dramáticos, que prometem mudar o panorama político e social da França. Pela primeira vez na história do país, o segundo turno das eleições presidenciais é disputado pelo partido de extrema direita e pela chamada Fraternidade Muçulmana. Os políticos moderados, tanto de direita quanto de esquerda, decidem apoiar o candidato islâmico - o aparentemente moderado Mohammed Ben Abbes -, e esse é o momento decisivo na vida não só de François como na de milhões de cidadãos franceses. [...] [O texto de Michel Houellebecq] é provocador, irônico, mas é também carregado de questionamentos sobre uma civilização em crise."
Na contracapa do livro há uma referência ainda mais valorosa para o texto:
"Comparado a 1984, de George Orwell, e a Admirável mundo novo, de Aldous Huxley, Submissão é uma sátira precisa e devastadora, sobre os valores da nossa sociedade. É um dos livros mais impactantes da literatura atual."
Em que pese algum exagero midiático e marketeiro, o livro é realmente bom. Sua leitura flui bem e atrai o leitor, fixando-o ao texto. Eu li as quase 250 páginas entre a quinta-feira e o domingo passados, sem dificuldades.
Dito isto, que não é nenhuma propaganda do livro, queria destacar algumas passagens curiosas. Não são muitas, mas, neste post, colocarei apenas uma... só para vocês perceberem como Spinoza me persegue. Rssss.
Não é que a personagem principal, comentando um texto produzido para defender a universalização do Islã evoca pejorativamente nosso querido Spinoza? Diz ele: "Mas o essencial do artigo era uma curiosa meditação, não desprovida de uma espécie de kitsch SPINOZIANO, com escólios e toda essa lenga-lenga, em torno da teoria dos grafos". (Grifo meu)
Precisava falar mal do Spinoza? "kitsch" e "lenga-lenga"? Que falta de respeito. Eu deveria ter parado de ler aí... mas só faltavam vinte páginas. Preferi ir até o final. Rsss.
A orelha do livro conta a ideia do texto:
"François é um professor universitário que leva uma vida solitária. [...] Num futuro próximo, ele acompanha pela TV desdobramentos dramáticos, que prometem mudar o panorama político e social da França. Pela primeira vez na história do país, o segundo turno das eleições presidenciais é disputado pelo partido de extrema direita e pela chamada Fraternidade Muçulmana. Os políticos moderados, tanto de direita quanto de esquerda, decidem apoiar o candidato islâmico - o aparentemente moderado Mohammed Ben Abbes -, e esse é o momento decisivo na vida não só de François como na de milhões de cidadãos franceses. [...] [O texto de Michel Houellebecq] é provocador, irônico, mas é também carregado de questionamentos sobre uma civilização em crise."
Na contracapa do livro há uma referência ainda mais valorosa para o texto:
"Comparado a 1984, de George Orwell, e a Admirável mundo novo, de Aldous Huxley, Submissão é uma sátira precisa e devastadora, sobre os valores da nossa sociedade. É um dos livros mais impactantes da literatura atual."
Em que pese algum exagero midiático e marketeiro, o livro é realmente bom. Sua leitura flui bem e atrai o leitor, fixando-o ao texto. Eu li as quase 250 páginas entre a quinta-feira e o domingo passados, sem dificuldades.
Dito isto, que não é nenhuma propaganda do livro, queria destacar algumas passagens curiosas. Não são muitas, mas, neste post, colocarei apenas uma... só para vocês perceberem como Spinoza me persegue. Rssss.
Não é que a personagem principal, comentando um texto produzido para defender a universalização do Islã evoca pejorativamente nosso querido Spinoza? Diz ele: "Mas o essencial do artigo era uma curiosa meditação, não desprovida de uma espécie de kitsch SPINOZIANO, com escólios e toda essa lenga-lenga, em torno da teoria dos grafos". (Grifo meu)
Precisava falar mal do Spinoza? "kitsch" e "lenga-lenga"? Que falta de respeito. Eu deveria ter parado de ler aí... mas só faltavam vinte páginas. Preferi ir até o final. Rsss.
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