sábado, 24 de janeiro de 2009

Mais outras do Carlos Drummond

- O maior interesse em pagar dívidas consiste em habilitar-se a contrair outras.
- As feridas do casamento são curadas pelo divórcio, cujas feridas se curam por outro casamento.
- Uma eleição é feita para corrigir o erro da eleição anterior, mesmo que o agrave.
- Enganamos aos outros, porém não tanto quanto a nós mesmos.
- No enterro, concilia-se o pesar pela morte com a satisfação de estar vivo.
- Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.
- A felicidade tem um limite, a loucura.
- Nem a filosofia consegue explicar o mundo, nem este consegue suprimir a filosofia.
- Sejamos francos: todos abominamos a franqueza.
- Somos francos com os outros na medida em que não dependemos deles nem lhes damos importância.
- A partida de futebol é mais disputada por torcedores do que por atletas no campo.
- Até do mau governo podem resultar coisas boas, por equívoco.
Ainda tem mais... Rsss

3 comentários:

Maria disse...

Bom dia, senhor!!!
Estive a ler as sábias frases. Confesso que a 1ª impressão que tive do vosso Drummond não foi muito positiva. Agora tem-se ido esbatendo paulatinamente.
Mas parece que em aforismos o homem é imbatível. Gostei particularmente de 2 “Enganamos aos outros mas não tanto quanto a nós mesmos” pareceu-me muito …Socrática. E a “Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.”, pareceu-me muito budista…rs.
Uma os delas parece ser feita de encomenda para os senhores(Ricardo e Mundy) “ A partida de futebol…” Se forem tão apaixonados pela vida como são pelo Flu …
Ah, surgiu-me uma dúvida de português, sei que o senhor a tirará. Numa didascália onde optámos por a escrever entre parêntesis o ponto final deverá vir a seguir ao parêntesis ou antes do parêntesis? Por exemplo
( Maria agarra nas flores e sai)
Onde se coloca o ponto final, ou não se coloca? Ou depende se a didascália é interior ou solta?

Anônimo disse...

Amigo, invado seu espaço não para comentar sobre os aforismos de Drumond, mas para registrar meu profundo Agradecimento a uma Pessoa de nosso Convivio, em realidade são Duas, no último dia 31 e hoje no dia 24, aquele processo que vc sabe a que me refiro inevitavelmente ocorreu, fechamos dois ciclos, não sei o que se dara com o terceiro, mas de qualquer forma gostaria de registrar meu Profundo Agradecimento a Andrea e ao Paulo, por estarem conduzindo o processo , a afetividade e o apego, não me permitem encarar o que vem acontecendo, tenho sido duros com eles, as vezes até com alguma razão, em outras a razão está com eles, mas só posso agradecer, pois hoje em pleno sabado a Andrea está lá em Niteroi encarando o que eu deveria encarar, agradeço demais o que eles tem procurado fazer, mas sei que errei ,erramos , na tentativa de acertar, pena que outros não entenderam, que não dependia somente de mim , Andrea e Paulo, mas eles infelizmente vão ficar tristes por um tempo, mas as feridas se cicatrizarão, nós Tres , Andrea , Paulo e Eu, pode ser que leve mais tempo, eu e Andrea então é mais complicado, por diversos motivos que vc sabe ou se não sabe, cabe uma conversa em particular e não aqui no Blog, mas é que julguei importante escrever aqui, pois neste doloroso processo , eles estão a Frente, então tenho que agradecer aos Dois, espero que o ciclo encerrado, seja oportunidade para abertura de um novo ciclo, sei que sou meio turrão, mas usando o espaço que eles visitam , eles podem entender o que venho passando,uma das maiores culpas que carrego é ter trazido os Dois para dentro de um Furacão, e esta culpa só tempo será capaz de mostrar consertarei, espero que sim, rogo que sim, pois não há culpa maior em meu ser, do que ter cometido erros, culpa de ter tentado o inevitável, não fui Frio o suficiente para ver que deveria ter cortado o laço afetivo do que vc conhece bem, e hoje estou com problemas que poderia ter evitado, sei que pessoas boas, dizem que a recompensa em algum momento virá, mas na tentativa de acertar, cada vez mais errei em tomar a decisao, adiei e no fim, quem ficou com a vida esculhambada fomos eu, Andrea e Paulo,os outros acabarão seguindo seus caminhos, sem se importar que poderiam ter entendido a proposta, e nós será que teremos oportunidade de reconstruir nossa história, rogo que sim.

Muito Obrigado

Andrea e Paulo

Amo aos Dois
Amo a vc meu Cumpadre
E se acredita em algo, peço para que pense, que eu tenha Força necessária para sair desta e dar muitas risadas.

Abraços

E Lembre-se amigo, se há algum pedido que eu possa fazer, caso eu não consiga prover meu Pequeno LUIGUI, que os Tres não me abandonem até que eu possa olhar meu pequeno com dignidade.

Amo Demais Meu LuIGUI
Amo minha Andrea

Ricardo disse...

Compadre, você não "invade" esse espaço; afinal, ele é também seu. Há espaço para qualquer reflexão existencial, seja ela particular ou universal.
Sobre o post, especificamente, vejo dois aspectos. Por um lado, fico satisfeito com o seu reconhecimento de alguns enganos e exageros quanto ao relacionamento com os esforçadíssimos Andréa e Paulo. Por outro, entretanto, fico preocupado com o fato de algumas reflexões suas terem seguido por caminhos obscuros, chegando, então, a conclusões um pouco questionáveis.
Uma delas é "cortar laços afetivos" com "você sabe quem". Isso seria, no mínimo, injustiça. Em vários momentos, se o corte tivesse acontecido por iniciativa do "você sabe quem", várias das suas conquistas teriam sido "limitadas".
Além disso, não há que se culpar por trazer ninguém para "dentro do furacão". Afinal, os jardins de hoje podem ser os lixões de amanhã. Há que se chamar os jardineiros e partilhar com eles os cuidados do jardim... a fim de garantir a continuidade das floradas.
De qualquer forma, os novos ciclos são sempre bem vindos. Neles, há a oportunidade de corrigir enganos e reforçar os acertos anteriores.
Sobre a torcida pelo seu sucesso... ele é constante em mim. Aliás, não só para o seu sucesso, como o do Paulo, meu outro compadre, e da Andréa, pessoa de quem aprendi a gostar através de você.
Sobre as minhas crenças... eu acredito na força de cada um; não apenas uma força da vontade, mas uma força que precede a própria consciência de existir. Era para essa força - que era a própria essência da minha pequena na UTI neonatal - que eu apelava. E essa essência é o "esforço de bem viver".