quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A Reforma Ortográfica

Já estamos em tempo de vigência do uso da "nova ortografia". Apesar da mudança total só ser exigida a partir de janeiro de 2013, acho melhor irmos nos acostumando com a nova forma. De minha parte, procurarei escrever segundo as normas vigentes. Se eu escorregar, conto com a sinalização dos amigos do blog.
Apesar da polêmica envolvendo as mudanças, diz-nos o imortal Evanildo Bechara que só há vantagens. Bechara reconhece que a mudança pode não agradar ao homem erudito, mas indica que facilitará a vida do "homem comum". Além disso, usa um argumento forte, ao indicar que, apesar da existência de regionalismos nos diversos locais onde o francês, o italiano e o espanhol são falados, esses idiomas só têm uma ortografia. Por que seria diferente com o nosso idioma Português?
Sobre o trema, que me causava muita espécie existir no Brasil - um Português "derivado" - e não em Portugal, eu soube que ele já existiu por lá também, tendo sido abolido na reforma da década de 40.

4 comentários:

Maria disse...

Senhor Ricardo!!
Ontem recebi um e-mail de uma editora a este propósito. Tente ir a este endereço...tem logo a conversão.
Penso que nós aqui vamos ter mais dificuldades e quanto mais velhos pior...enfim!!!
Gostaria de ter tempo para escrever mas...
Um abraço
Matia

Ricardo disse...

Maria, realmente a reforma por aí será mais profunda. Li em algum lugar que aproximadamente 15% das palavras no Português lusitano seriam modificadas, enquanto no Português brasileiro ficaria em torno da metade.
Uma coisa que me chamou atenção foi o fato de permanecer a diferença entre o nosso acento circunflexo e o teu agudo, em palavras como "Antônio" - aqui, e "António" aí -, "bebê" - aqui, e "bebé" aí.
Não dava para os sujeitos regulamentarem isso também?
Só uma brincadeira, agora...
Por aqui, o nome "Maria" continuará sendo grafado desta forma, e não "Matia", como assinaste. Rssss

Maria disse...

Não tenho dúvidas numa coisa...para os garotos será bom certamente este acordo. Eles facilmente erram em palavras como "óptimo", ou "respectivamente".
Agora não entendo como é que "omnipotente" ficou igual aqui e vcs aí continuam a escrever "onipotente"? E como fica aí a palavra registro? Nós escrevemos registo.Talvez seja o conversor , o tal que lhe enviei,que ande ainda meio desconchavado.
Porque razão vocês aí aglutinaram determinadas palavras e nós a justaposemos(?)? por exemplo" contra-regra...parece-me melhor a nossa opção, porque não só vcs usaram a justaposição como acrescentaram um r.
Bem, felizmente tenho vocês aí para me ajudarem, progressivamente , a corrigir-me. Vai ser duro para mim.
Porque se umas são erros por ser já pitosga ou por distração, outras serão por desinformação.
Maria (ou Matia a pitosga)

Ricardo disse...

Fico em dúvida, ainda, em relação a algumas palavras onde o som dessas "consoantes expremidas" são pronunciadas. Aqui, realmente falamos "ótimo"; entretanto, pronunciamos "res-pec-ti-va-mente", ou seja, aquele "c", ali no meio, tem presença confirmada em nossa pronúncia. Não ocorre o mesmo com "onipotente", que é a nossa pronúncia exata. E não temos a necessidade - se a pronúncia suprimiu esse som - de sermos fiéis à origem.
Quanto aos hífens, eles serão bem simplificados. Aliás, isso é ótimo, pois representava uma das regras - com inúmeras exceções - mais difíceis do Português. Agora, as coisas estão simplificadas. A explicação do "contrarregra" é simples: se não "dobrarmos" o "r", este vai soar como todo "r" no meio de palavra - algo como "laranja". Para manter o fonema "forte" - algo como "rr" - temos que dobrar. O mesmo com o "s" em homossexual, que viraria "homozexual" - em termos de sonoridade - já que o "s" entre duas vogais teria som de "z". Justamente por isso, teremos "homossexual".
E por aí vai.