quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Hannah Arendt (1)

Normalmente, não começo posts lançando-lhes o número um no título. O que acontece é que, após o primeiro, quando o assunto ainda demanda algum pensar - e isso normalmente acontece -, esses outros da sequência é que ganham uma numeração.
Neste, entretanto, eu já percebo que o desejo de expressão precisa de uma sequência, ainda que ela não ocorra de modo imediato.
Meu compadre Mundy, em um comentário de um post passado, questionou-me se eu tomara conhecimento do lançamento do livro "Alienações do mundo", de Rodrigo Ribeiro Alves, doutor em Filosofia pela PUC-RJ. Além desse questionamento, havia outro, que dizia respeito ao que penso de Hannah Arendt.
Começo dizendo que tomei conhecimento do lançamento do supracitado livro, bem como - respondendo ao questionamento de outro amigo nosso, o Júlio - de que comprei o romance "Hannah e Martin". Comecei a lê-lo, inclusive. Achei que, do ponto de vista histórico, ele ilumina as curtas biografias que lemos nos livros de Filosofia, acrescentando um pouco de afetividade em algumas informações que obtemos de modo muito "seco". Entretanto, do ponto de vista filosófico, por enquanto, achei o livro "estéril", incapaz de nos levar a gerar algum conceito próprio com as sementes arendtianas.
Dito isto, e antes de começar a dizer efetivamente o que penso da filósofa - título que ela mesmo recusava - Hannah Arendt, quero registrar que tive uma aula espetacular sobre esta alemã e judia, na Casa do Saber. O professor foi Eduardo Jardim, que conta, inclusive, com um livro publicado sobre ela. Talvez, entretanto, o que tenha marcado mais foi uma entrevista, do ano de 1964, com Hannah Arendt, a um programa da televisão alemã. A tal entrevista tem aproximadamente trinta minutos de duração e é legendada, de modo meio "rápido demais", em espanhol. Para quem quiser, ela está disponível no You Tube, em três partes:
Esse seria o primeiro registro que gostaria de fazer: o convite para que os amigos assistam ao vídeo e observem a força da presença dessa pensadora política.

Um comentário:

Thiago Minnemann disse...

OI Prof. Ricardo! Muito bom seu blog também! Fico muito feliz por você ter me seguido! Lerei seus posts mais calmamente e peço permissão para colocar alguns no meu blog - com os devidos créditos e reconhecimentos!

Belo trabalho! Bom ver que não estamos sozinhos na filosofia!!

Abraços!!