terça-feira, 17 de novembro de 2015

Eu não aguento mais... (2)


   Na verdade, o título do post só demonstra uma continuidade de tema com o post anterior, visto que, desta vez, trata-se mais de uma preocupação.
   Cada dia mais, temo que os muçulmanos comecem a sofrer uma represália forte do mundo ocidental... forte mesmo. Algo do tipo que a História já nos apresentou com os integrantes de outra religião, os judeus, que acabaram sendo expulsos - se não convertidos à força - na Península Ibérica, nos idos do século XV para XVI.
   Isso seria o fim da União Europeia, mas seria um movimento de autoproteção inteiramente compreensível. Seria algo do tipo: "Você quer pertencer à religião muçulmana? Ok... Vá para o Oriente Médio e fique por lá!"
   É lógico que se trata de uma insensatez, mas o medo tem o condão de obliterar o bom senso.

3 comentários:

Clara Maria disse...

Querido amigo!
O problema é que usam a religião em nome de interesses económicos...acho.
A História tb nos diz isso. Estou a lembrar-me que isso aconteceu nos vários momentos em que mataram, perseguiram, conquistaram... em nome da religião e também em nome de um racismo que embora escondido, continua a existir.
Ah, estive a ver esse mini filme que é esclarecedor.https://www.youtube.com/watch?v=LJtUQjJC4a0&app=desktop
Um abraço
Maria

Ricardo disse...

Querida amiga:
Concordo sobre o uso da religião para fins político-econômicos. Muitos estão preocupados só em conquistar territórios ou bens que já pertencem a outros. E um modo de fazer isso é apontar uma diferença e acusar de "mau" quem é detentor daquela característica. Isso vale não só para a religião, mas também para a etnia, para o gênero e para qualquer coisa que nos diferencie e nós humanos.
O processo, eu entendo, e até acho "racional" - talvez, maléfico, mas racional.
A questão principal não me parece ser só compreender o mecanismo de atuação, mas desarmá-lo, desconstruindo argumentativamente sua lógica interna. Aí é que eu acho importante a atuação dos movimentos religiosos - nesse caso específico.
A mesma ação eu cobraria, por exemplo, se grupos liberais começassem a matar socialistas, sob a acusação de que eles "comem criancinhas". Alguém liberal teria que aparecer em público e explicar o que é o sistema que defende, bem como o que lhe é antagônico, e dizer que não será sob o nome do liberalismo econômico que ninguém será morto. E se identificar algum discurso daquele tipo entre seus correligionários, terá o dever de expulsá-lo de suas agremiações.
Sobre o mini filme, assisti-lo-ei, e depois comento algo.
Obrigado pelo comentário.
Grande abraço

crodi disse...

Oi Ricardo!

A situação vai ser complicada para os muçulmanos na Europa, sem dúvida! Acho que a coisa pode terminar mesmo como vc falou, mas penso na possibilidade da Europa "abraçar" o aspecto humano do islã (o que parece começar), realçando as diferenças dos grupos radicais, a fim de dividir. Desta forma resolveria dois problemas. Atenuar a xenofobia e ganhar o passe livre uma guerra menos formal com os grupos radicais, o que de qualquer forma, afeta a todo o islã.

Meu filho esta lá na França e tem relatado que ocorrem "micro-manifestações" de muçulmanos exteriorizando repudio às "vertentes" radicais. Segundo ele, há um clima "separatista" no ar...

Um abraço e obrigado pelos textos!