sexta-feira, 15 de maio de 2015

Philosophy: key themes (2)


   Neste post, gostaria de tratar do conceito de "Tolerância", segundo o que está exposto no livro em questão, de Baggini e Southwell.
   Gostaria de fazer alguns recortes no texto, de uma forma relativamente livre.:
   "We might say that the rights and freedoms embodied in a democratic society imply tolerance". [Nada muito estranho de se pensar!]
   "We need to get a clearer idea as to what tolerance involves. [Essa parte é digna de atenção!] Firstly, tolerance implies an attitude of active disapproval. We cannot be said to be tolerant of things [...] which we are indifferent to. Secondly, we cannot be tolerant of things that we are powerless to change. Tolerance therefore fundamentally must involve a different attitude or practice that we disapprove of, and that we are in a position to change, but choose not to. Tolerance is a choice".
   "But what would lead us to make this choice? One central motive for tolerance is therefore that it leads to social harmony. Most modern societies are increasingly multicultural, containing many belief and value systems, and somehow we must all get along. Tolerance, then, is an essential attitude that enables this to happen". [Muito bem colocada a razão, pelo menos pragmática, da escolha da tolerância como valor]
   [Curiosa a parte que cita John Locke, e sua defesa da tolerância religiosa... principalmente, pelo que virá a seguir] "But there are other reasons to be tolerant. In his essay on religious tolerance, John Locke argues that, as earthly mortals, we are fallible judges of divine truth. People must be allowed to make their own mistakes. [Agora, sim...] But some would object here that such an attitude cannot be true tolerance. If you say to yourself, 'I disagree with his opinion, but he must find out for himself that he is wrong', then you are not according his different opinion any genuine value, for you still think that it's wrong and want it changed. Full tolerance, the objection implies, requires me to accept the validity of your differences with me".
    Aqui está um ponto interessante. Tolerância não pode significar apenas suportar um engano de outrem, pois isto implica que se espera que o tal "erro" se corrija. Não há, então, o reconhecimento da multiplicidade cultural, que é uma realidade atualmente. Neste caso, a liberdade do outro não é realmente contemplada. Talvez até, a "tolerância"/paciência vá se esgotar em algum momento, quando o pretenso detentor da verdade perceber que o outro não se "emenda", insistindo em prosseguir ad aeternum no seu "erro", o que necessariamente exigirá uma correção forçada. E lá se foi a tal "tolerância"!
    Mas há limites para a tolerância? Podemos ser intolerantes com a falta de tolerância?
   Isso é papo para outro post. Rssss

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