Aqui no Brasil, temos nos acostumado com uma esquerda alinhada às liberdades sociais. Um dos partidos que mais mobilizam os jovens, o PSOL, tem parlamentares declaradamente favoráveis à liberação da maconha e à luta contra a discriminação aos gays. Plataformas que realmente precisam estar presentes numa discussão da sociedade real em que vivemos.
Esta esquerda acusa a direita de conservadorismo. Ou seja, no terreno do "social", os liberais são os "de esquerda", enquanto os conservadores são os "de direita".
Pois bem... Anunciou-se ontem que o Teatro Bolshoi adiou para o ano que vem a peça, que seria lançada na próxima semana, sobre o bailarino russo Rudolf Nureyev (1938-1993). Embora a justificativa oficial diga respeito à baixa qualidade da montagem, em virtude de os bailarinos ainda não estarem preparados, suspeita-se que o real motivo seja a temática da peça, que envolve a homossexualidade de Nureyev.
O jornal O Globo, em uma matéria sobre o assunto, explica que existe uma lei anti-gay que veta propagandas "que incentivem relações não tradicionais a menores de idade" e cita, também, um "crescente conservadorismo social russo".
O que os militantes do PSOL diriam disso, hein? Isso, eu não sei. Mas é interessante pensar bem sobre esses conceitos de "esquerda" e "direita".
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