quarta-feira, 15 de julho de 2015

O "Não" da Grécia (3)


   O Parlamento grego aprovou quatro das exigências imediatas da União Europeia para liberação da ajuda de 86 bilhões de Euros. Dos trezentos parlamentares, 229 votaram a favor. É um número expressivo. Da mesma maneira que eu coloquei no post anterior, parece que o "não" ideológico cedeu ao "sim" pragmático. 
   A única coisa estranha neste caso é que o FMI, um dos credores da Grécia, se manifestou dizendo que, do modo que está, a dívida grega é impagável, sendo necessário, portanto, que os credores abram mão de parte do que têm a receber.
   Parece que os partidários do "Não" poderiam até ter usado isso para reforçar sua posição. Afinal, se o próprio credor considera a dívida impagável, a não ser que haja um desconto no valor dos títulos, mais fácil parece ser, para o devedor, justificar a não aceitação de termos de negociação que só exijam mais sacrifício seu.
   Segundo notícias, a greve convocada por centrais sindicais não contou com a adesão esperada. Parece que a prudência manda cumprir o acordo, apesar das dificuldades que serão enfrentadas.
   Será que a "novela grega" acabou?

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