segunda-feira, 1 de março de 2010

Pobre Chile...

  A força da natureza sempre foi uma preocupação do homem. Mesmo com toda a nossa tecnologia, normalmente nos sentimos como minúsculas e indefesas formigas diante da potência infinitamente superior com que os fenômenos naturais se apresentam.
  Neste ano de 2010 já assistíramos ao terremoto... ou terremotos  que assolaram o Haiti. Mal recuperados que estávamos, presenciamos agora esse abalo de incríveis 8.8 na Escala Richter.
  No primeiro momento, falou-se em cerca de 200 mortos. Ontem pela manhã esse número já saltara para 400. E, durante o noticiário noturno, já nos dávamos conta de que poderiam ser 700 mortos. Essa infeliz "contabilidade" continuará nos deixando mais e mais amargurados.
  Embora sem saber como ajudar, inicialmente, solidarizo-me com os chilenos, torcendo para que os resgates se multipliquem e que as feridas possam ir se curando - ainda que deixando aquelas indeléveis cicatrizes - e que, pouco a pouco, a vida possa ir voltando ao normal por lá.
  Uma curiosidade apenas. Sempre ouvi falar na Escala Richter como indo até 9. Surpreendi-me, então, quando soube que, no mesmo Chile, um terremoto em 1960 havia alcançado 9.5. Lendo sobre o assunto, na Wikipedia, informei-me sobre o fato de que a escala, na verdade, não possui limite superior. O que acontece é que, no início, não se vislumbrava a possibilidade de sismos com intensidade superior ao "nove", na tal escala. O que alcançou 9.5 no Chile foi o maior já registrado na história, embora outros já tenham passado do 9.
  Outra coisa. A proximidade aparente entre os números, 5 e 6, por exemplo, esconde o fato de que a escala é logarítmica. Portanto, um abalo de índice seis é, na realidade, dez vezes mais forte que o de índice cinco e - pasmem! - pode liberar 31 vezes mais energia que este último!
  Parece que a relativa sorte dos chilenos, frente aos haitianos, foi a profundidade três vezes maior do epicentro do sismo que atingiu o Chile, o que, de alguma forma, amortece as ondas de choque que chegam à superfície.
  Força, irmãos chilenos!

2 comentários:

Prof. Guilherme Fauque disse...

Realmente... foi impressionante a escala deste terremoto. Outra coisa que me impressionou foi ver que não é um fenômeno que produza um efeito isolado, mas afeta o mundo como um todo. Ondas chegaram até o Japão!!! O planeta é um grande organismo vivo, onde as coisas afetam um todo... e nós estamos sobre este organismo vivo, infelizmente como pulgas a importuná-lo - rsrsrsrsrsrs. Talvez seja como dizia o Raul Seixas... o planeta pode livrar-se de nós num "saculejo", talvez este tenha sido um destes saculejos :(

Ricardo disse...

Amigo Guilherme:
Inicialmente, quero dizer da minha satisfação em rever um comentário teu no blog.
Sobre as ondas no Japão, é a comprovação do "Efeito Borboleta", não é? Ou, quem sabe, da unidade ontológica fundamental que o nosso Spinoza enxergava em todas as modificações da Natureza...
Parece, segundo tu contas, que o grande "filósofo" Raul Seixas estava certo sobre os "saculejos". De minha parte, como pequeno "pulgo", faço o mínimo para incomodar o planeta... e espero que ele pare um pouco de saculejar.
Abração.